Principalmente em épocas remotas, quando não havia o cinema, nem o rádio, nem a televisão, o teatro e o circo foram os únicos entretenimentos do povo.
Acredita-se que o teatro amador em nossa terra teve início com o “Recreio Dramático”, clube fundado aqui pelo ilustre médico Dr. Cândido (pai), na segunda metade do século passado.
Infelizmente, porém, não dispomos de fontes de informações para pesquisarmos algo sobre o elenco e as peças daquela época.
No começo deste século, um grupo de paraenses, entre os quais estavam Antônio da Rocha Praxedes, Antônio Carlos Firmiano Ribeiro, Francisco de Melo Guimarães, Alfredo Leite Praça, Juventina de Almeida e outros, levou à cena a interessante peça “Os Milagres de Santa Iria”, que deixou fama pelo cabal desempenho.
Após os dramas emocionantes, era costume apresentarem uma comédia leve ou um ato variado, com cançonetas e declamações e então a plateia vibrava e aplaudia os graciosos irmãos Alberto e Carlinda Xavier, filhos do Prof. Fernando Otávio, que cantaram “Mimi e Didi”.
Eu alcancei um grupo de amadores lá do antigo “Recreio Dramático” (um velho casarão que existiu na Praça da Matriz, onde está hoje a Casa Paroquial) formado por Frederico Guimarães e Senhora, João da Costa Melo, Pedro Guimarães, Cornélio Moreira Sobrinho, José Gastão Machado, Erotides Mendes e Ana Guimarães e outros.
Esse grupo apresentou várias peças, como “Os dois Sargentes”, “O Crime de Ponte Nova” e outras.
O Clube Dramático “Dr. Cândido” levou à cena em fevereiro de 1916 “Os Vampiros Sociais” com os seguintes amadores: Tonica Martins Soares, João da Costa Melo, Duarte d’Olinda, Frederico Guimarães, Erotides Mendes, Cornélio Moreira Sobrinho, Benjamim Araújo, Matias Laurentys. (Da “Cidade do Pará”)
No antigo Cinema Familiar havia também um magnífico elenco que teve início com Teles Menezes e Mercedes de Oliveira, aproximadamente em 1917, e depois com Jafé Almeida, Ramiro Amaral, Joaquim de Almeida Paiva, Chiquinha Almeida Antônio Epaminondas Marinho e outros. Entre várias outras peças, o grupo apresentou com muito sucesso “O Poder do Ouro”.
Esse grupo foi evoluindo com o tempo e passou a ser formado pelos filhos dos primeiros. Então tivemos Geraldina Campos, José Campos e suas irmãs.
Nesta altura, prestamos uma sincera homenagem à memória de Geraldina Campos que por longos anos dirigiu e orientou o teatro amador de nossa terra com uma capacidade, dedicação e desprendimento inexcedível.
Com a colaboração do prezado amigo José Campos, podemos apresentar as notas que seguem.
Antes de mais nada, José Campos de Almeida faz questão de enfatizar que todas as peças que sua irmã Geraldina Campos ensaiou e montou, tiveram como fim angariar auxílios financeiros para obras de assistência social da cidade. Aqui estão algumas peças e alguns amadores:
1) “Um Erro Judiciário”
2) “A Filha do Estalajadeiro”
Trabalharam nestas peças: José Palhares Filho, Márcio Alves de Morais, Geraldo de Melo Guimarães, Geraldo Simões, Clarice e José Campos, Mário Leite, Hugo Marinho, José Meireles Filho, Geraldo Campos.
3) “A Ditadora” - Com Raimundo Simões, Geraldo Simões, Renée Mendes, Nilce Moreira, Geraldo de Melo Guimarães, Clarice e José Campos.
4) “O Coração Não Envelhece”
5) “O Amigo da Paz”
6) “Aventuras de Um Rapaz Feio”
7) “Sol da Primavera”
8) “Saudade”
9) “A Cigana Me Enganou”
10) “Feitiço”
11) “Irene”
12) “A Morte do Galo”
13) “Cem Gramas de Homem”
14) “Morre um Gato na China”
15) “Joaninha Buscapé”
Nesta longa série de comédias, trabalharam os amadores: As irmãs Grassi, Ninice Marinho, Natália e Nilce Moreira, Nadir e Violeta Campos, Mariute e Dalva Frágola, Terezinha Mendonça, Célia Varela, Ana Capanema, Cira Mendonça, Izabel Carvalho, Maria Helena Costa, Sara Valadares, Maria Célia e Mariza Abreu, José Raimundo de Moura, Osvaldo Lage, Paulo Sebastião Guimarães, Paulo Sebastião Guimarães, Paulo Brandão, Jackson Campos, Gilberto Mendonça e Júlio de Melo.
Nos atos variados, atuavam os valores: Mário Leite, Geraldo Simões, Geraldo de Melo Guimarães, José Bernardino de Melo (Pio Melo), Jackson Campos e as jovens acima enumeradas.
No ponto atuava geralmente Francisco Mendonça e na contra-regra Joaquim de Almeida Paiva.
O guarda-roupa era todo emprestado por elementos da cidade.
Os cenários eram preparados por elementos habilidosos de boa vontade.
É interessante notar que o teatro de amadores conhecidos atraia o povo e a Casa enchia.
Agora queremos comentar que com o progresso, televisão, novelas, etc., o teatro amador, que tanto contribuiu para a formação cultural de nossa gente, foi relegado ao esquecimento.
Em 29.12.1978
* Mário Luiz Silva (1.906 †2.000), farmacêutico, professor, pesquisador e memorialista de Pará de Minas.
O texto acima é doação da família de Mário Luiz Silva ao Museu Histórico de Pará de Minas, em 11.04.2.009.
Grupo de atores no palco do Centro Literário Pedro Nestor, após a apresentação da comédia "Saudade", durante homenagem do Centro Literário aos seus sócios fundadores. Da esq/direita, sentada Natália Moreira, de pé Nilce Moreira, Mariúte (Maria) Frágola, Jackson Campos Almeida, Dr. José Henriques, José Campos Almeida e Violeta Campos Almeida, sentada. No centro, homem não identificado sentado, cabisbaixo, com as mãos no rosto. 12.04.1942.
Casamento na roça durante o baile da Chita no Centro Literário, na década de 1950. Da esq/dir., de óculos é José Campos Almeida, um dos atores amadores mencionado no texto acima; atrás, à esquerda sorrindo é Maria Amélia Varela; Dr. Morel Mendonça Meireles (terno escuro); Hugo Marinho, outro ator mencionado no texto acima, é o noivo; a noiva não foi identificada. José Campos e Hugo Marinho participaram como atores em peças produzidas e dirigidas por Geraldina Campos de Almeida.
Atores amadores na escadaria da Igreja de Itaúna, na ocasião da apresentação da peça teatral Sol de Primavera, encenada por eles sob a direção de Geraldina Campos de Almeida. Esq/dir., 1º plano: Marisa Campos Abreu e Marcos Pereira. 2º plano, esq/dir.: Antonieta Campos Pereira, Jane Gipse de Almeida e Gilberto Campos Mendonça. 3º plano, esq/dir: Júlio Leite de Melo, Maria Célia Campos Abreu e José Raimundo de Moura. 22.08.1958
We must explain to you how all seds this mistakens idea off denouncing pleasures and praising pain was born and I will give you a completed accounts off the system and
Get Consultation