Madonas: Rosto de ternura e acolhimento
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O traço maternal da divindade é um tema que perpassa a história da arte em suas mais diversas culturas e manifestações míticas e religiosas. A figura de uma mãe que acolhe seus filhos nos braços está no imaginário de acolhimento na maioria das sociedades, independentemente de seus arquétipos e crenças. O fato é que a relação mãe e filho, tão abordada nas ciencias humana, mexe com o afeto das pessoas e as envia para um lugar de segurança e apoio emocional. A memória dá conforto e apazigua o espírito aflito com as adversidades.
A sacralidade dessa relação sempre foi eternizada na figura de Maria, considerada a mão de toda a humanidade, por ter aceitado a missão de gerar e cuidar do filho de Deus, Jesus Cristo. A construção harmoniosa e afetuosa em torno da figura materna da virgem fez com que diversas versões de sua maternidade fossem criadas por meio de pinturas e esculturas, tornando assim, essa figura universal e histórica, representada por diversos rostos, títulos e culturas.
Na mostra Madonas: rostos de ternura e acolhimento, os autores Geraldo Lacerdine e Eduardo Libério, mergulham nas manifestações cristãs, católicas e ortodoxas, ao longo de mais de dois mil anos, e fazem uma releitura afetuosa e espiritual de Maria e de seu menino. A ideia principal é a criação de novas obras com elementos fundamentais da cultura e da devoção tipicamente brasileiras para conectá-las à imensa sacra das madonas já existentes.
Para além da religiosidade, e mostra é um convite aos braços afetuosos da Mãe.
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